Medidor de Glicose Retirado do Mercado pela Anvisa

Medidor de glicose é retirado do mercado por ordem da Anvisa

Em 20 de julho de 2025, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a suspensão e o recolhimento de três lotes do glicosímetro (medidor de glicose) denominado “Ok Pro”. Além disso, a Anvisa também interditou cautelarmente dois lotes das tiras reagentes utilizadas para testes de glicemia da mesma marca. Essa decisão foi tomada após a identificação de problemas durante os testes realizados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que avaliaram aspectos como rotulagem, conformidade e reprodutibilidade dos produtos.

A Anvisa informou que os produtos, fabricados pela Biomolecular Technology, não devem ser utilizados e que sua comercialização, importação, distribuição e anúncio estão proibidos. Os lotes do glicosímetro suspensos são os identificados como OKPR000266498, OKPR000266508 e OKPR000266509, e a medida de suspensão será definitiva. No que diz respeito às tiras reagentes, os lotes interditados são o HHH240415B-1 e o B30025B25-1.

Consequências da interdição cautelar

A interdição cautelar é uma medida preventiva que visa impedir temporariamente a fabricação, comercialização e uso de um produto até que ele seja adequado às normas estabelecidas. Essa ação poderá ser revertida caso a empresa responsável demonstre que os produtos estão em conformidade com as exigências regulamentares. A Anvisa recomenda que os usuários afetados entrem em contato imediatamente com o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) do fabricante, através do e-mail sac@bmtmed.com.br, para obter informações sobre o recolhimento e a substituição dos produtos afetados.

Importância do glicosímetro

O glicosímetro é um dispositivo essencial para o automonitoramento da glicemia, especialmente para pacientes com diabetes. Este aparelho permite que os usuários compreendam como diferentes fatores, como alimentação, atividade física e uso de medicamentos, influenciam seus níveis de glicose no sangue. O glicosímetro funciona a partir da coleta de uma gota de sangue, geralmente retirada do dedo, que é aplicada em uma fita reagente. Essa fita, ao entrar em contato com a glicose, gera um sinal que o aparelho converte em um número, permitindo ao usuário avaliar sua taxa de açúcar e compará-la com os níveis desejados.

Riscos associados ao uso inadequado de glicosímetros

O uso de glicosímetros que não atendem às normas de qualidade pode levar a resultados imprecisos, o que pode comprometer o tratamento do diabetes. Resultados incorretos podem resultar em hipoglicemia (níveis baixos de glicose no sangue) ou hiperglicemia (níveis altos de glicose), ambos podendo causar sérias complicações de saúde. Por isso, é fundamental que os dispositivos utilizados sejam confiáveis e que os pacientes estejam sempre atualizados sobre as recomendações da Anvisa e de seus médicos.

Alternativas para monitoramento da glicemia

Embora a suspensão do glicosímetro “Ok Pro” possa causar preocupação entre os usuários, existem outras opções disponíveis no mercado. É importante que os pacientes consultem seus médicos para encontrar um glicosímetro alternativo que atenda às suas necessidades. Além disso, a educação sobre o controle da diabetes deve ser uma prioridade, incluindo informações sobre dieta, exercícios e o uso correto dos dispositivos de monitoramento.

Considerações finais

A retirada do glicosímetro “Ok Pro” do mercado destaca a necessidade de vigilância constante sobre a qualidade dos produtos de saúde. A Anvisa desempenha um papel crucial na proteção da saúde pública, assegurando que os dispositivos médicos sejam seguros e eficazes. Os usuários devem sempre se manter informados e seguir as orientações das autoridades de saúde para garantir o melhor controle de suas condições de saúde.

Referências

Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – Avaliação de produtos de saúde e segurança.


Nota de Responsabilidade: Os conteúdos apresentados no Saúde Business 365 têm caráter informativo e visam apoiar decisões estratégicas e operacionais no setor da saúde. Não substituem a análise clínica individualizada nem dispensam a consulta com profissionais habilitados. Para decisões médicas, terapêuticas ou de gestão, recomenda-se sempre o acompanhamento de especialistas qualificados e o respeito às normas vigentes.

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