
Mpox deixa de ser emergência de saúde pública global, afirma OMS
Em um comunicado recente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que não considera mais o surto de mpox na África como uma emergência de saúde pública internacional. Essa decisão foi divulgada pelo diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma coletiva de imprensa realizada na sexta-feira, 5 de setembro de 2025.
Histórico da doença
A nova forma de mpox, uma infecção viral que se apresentou com um surto significativo, foi identificada pela primeira vez no início de 2024 em países como o Congo e na região circundante. A transmissão do vírus ocorre principalmente por meio de contato próximo, incluindo relações sexuais, o que contribuiu para a rápida disseminação da doença.
Em agosto do ano anterior, a OMS havia declarado a situação como uma emergência de saúde global, em resposta ao aumento das infecções e à necessidade de uma mobilização internacional para conter a propagação do vírus. Desde então, a organização trabalhou em conjunto com autoridades de saúde locais e internacionais para monitorar e controlar o surto.
Avanços no controle da mpox
A decisão de reclassificar a mpox como não sendo mais uma emergência internacional reflete os avanços significativos que foram alcançados no controle da doença, especialmente no continente africano. A OMS destacou que, apesar de a ameaça não ter sido completamente erradicada, houve uma diminuição considerável nos casos e uma melhoria na capacidade das nações afetadas em responder ao surto.
O diretor-geral da OMS enfatizou a importância de continuar vigilante e proativo na resposta ao vírus, mesmo após a revogação da emergência, afirmando que “levantar a declaração de emergência não significa que a ameaça acabou, nem que nossa resposta irá parar.” Essa declaração ressalta a necessidade contínua de monitoramento e de ações preventivas para evitar um novo aumento nos casos de mpox.
Implicações para a saúde pública
A reclassificação da mpox pode ter várias implicações para a saúde pública. Primeiro, pode influenciar a alocação de recursos e a priorização de iniciativas de saúde pública nas regiões afetadas. É crucial que os países continuem a investir em infraestrutura de saúde e em campanhas de conscientização, para que a população esteja informada sobre os riscos e as medidas de prevenção.
Além disso, é fundamental que as autoridades de saúde mantenham a pesquisa em andamento sobre o vírus e suas variantes, garantindo que haja vacinas e tratamentos disponíveis em caso de um novo surto. A colaboração internacional será essencial para garantir que as melhores práticas e as lições aprendidas durante este surto sejam compartilhadas e aplicadas em todo o mundo.
O papel da comunidade internacional
O papel da comunidade internacional na resposta a surtos de doenças infecciosas é mais relevante do que nunca. A OMS e outras organizações de saúde pública devem continuar a trabalhar em estreita colaboração com os governos e as organizações não governamentais para fortalecer a capacidade de resposta a emergências de saúde. Isso inclui a atualização de protocolos de resposta a surtos, o fortalecimento da vigilância epidemiológica e a capacitação de profissionais de saúde.
Conclusão
A declaração da OMS sobre a mpox é um passo importante na luta contra a doença. No entanto, a vigilância constante e a disposição para agir rapidamente em resposta a novos surtos são essenciais para proteger a saúde pública. O compromisso contínuo de todos os setores da sociedade, desde governos até cidadãos individuais, será fundamental para garantir que os avanços feitos até agora não sejam perdidos.
Com a experiência adquirida durante este surto, é possível que a comunidade global esteja mais bem equipada para enfrentar desafios semelhantes no futuro, promovendo uma resposta mais eficaz e coordenada em face de ameaças à saúde pública.
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